Bia Maria^PT

Beatriz Pereira, nascida e criada em Ourém, é padroeira do acto de “escreviver”. Num precipício entre Beatriz e Maria, a sua caneta vem desfolhar um diário de cores, texturas e dissabores. Convoca melodias com origem no fado, na pop, na bossa nova e no canto popular, para as condensar numa sonoridade que tanto tem de terra-a-terra como de sonhadora.

Desde 2019, o projecto conta com mais de 50 concertos, tendo passado por festivais como NOS Alive, Festival Para Gente Sentada, Festival dos Canais, FOLIO, Rádio Faneca ou Bons Sons.

Participou também em projectos como A Música Portuguesa a Gostar dela Própria ou Porta253 e editou a música Dissabor na coletânea Novos Talentos FNAC 2019.

O planeado álbum de estreia de Bia Maria, intitulado “Qualquer um pode cantar”, marca o ponto de inflexão entre o ambiente sonoro em que deu os primeiros passos – algures entre o canto popular, o fado e a bossa nova – uma nova fome de mundo. Daqui emerge um turbilhão de ideias que vem contrastar com todos os universos vistos anteriormente.

A canção de abertura “Micro-Nódulos” é uma melodia à capela que se vai desenvolvendo ao longo do disco em “Nódulos” com a participação de Sopa de Pedra, chegando por fim a “Afonia” – juntando todas as vozes do disco – que reflecte sobre o valor da nossa voz e do quanto ela é uma “arma” enorme na mudança. Ao longo do disco todas as canções são uma reflexão dos medos, obstáculos que vão surgindo à superfície para serem desfeitos, daí a importância da junção e união de tantas vozes. Constrói assim uma trilogia que conecta todo a longa duração, reflectindo sobre diversas problemáticas que apoquentam a artista.